Conversas sobre Curitiba
A atividade apresentou aos estudantes diversas visões sobre a capital paranaense.
[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Bate-papo faz parte do trabalho de pesquisa dos estudantes. Foto: Paulinha Kozlowski.
Por Jonatan Silva
No último dia 26 de março, os estudantes dos 6º anos iniciaram os projetos de pesquisa da série com o Caderno de Curitiba, que inclui os núcleos de Ciências e Matemática; Língua Portuguesa, Artes, Educação Física e Língua Estrangeira; e História, Geografia e Ensino Religioso.
Para iniciar o trabalho, as turmas participaram das Conversas sobre Curitiba, que trouxe ao Medianeira pessoas engajadas em contar a história da Curitiba por meio de diferentes vieses. Isabel Piccinelli Dissenha, orientadora de aprendizagem da série, explica que todos os núcleos se debruçam sobre a cidade, entretanto, cada um busca as espeficidades de sua área. E, para tanto, é imprescindível que a atividade seja polifônica.
Para conversar sobre a cidade e suas diversas facetas, foram convidados o professor do Medianeira Francisco Rehme, o Chicho; o historiador e coordenador do setor de acervo e conservação do Museu Oscar Niemeyer, Humberto Imbrunisio; o arquiteto e urbanista Marcelo Andreoli; Camille Bolson, mestre em Tecnologia e pesquisadora da temática implicações da Política Nacional de Resíduos Sólidos na experiência das cooperativas de catadores de Curitiba e a racionalização da Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos; Maria José de Oliveira Santos, a Lia, catadora e integrante da cooperativa Catamare e militante do Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis; a líder comunitária e uma das curadoras do Museu da Periferia (MUPE), no bairro Sítio Cercado, Palmira de Oliveira; e José Carlos Fernandes, Jornalista, cronista e editorialista.
Eliane Zaionc, coordenadora da Unidade de Ensino, percebe o bate-papo como uma oportunidade para que os estudantes possam escrutinar a cidade. “Esse é o pontapé inicial para o trabalho [/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”][de pesquisa] do ano, enxergando coisas interessantes que, às vezes, não vemos no dia a dia”, comenta a educadora.
A conversa sobre a cidade é uma maneira de afastar os lugares-comuns e os preconceitos. Foto: Paulinha Kozlowski.Preconceito
Os diversos olhares sobre a mesma cidade apresentam às crianças a pluralidade da sociedade e são uma importante ferramenta que ajuda na leitura e na interpretação do mundo. Segundo Lia, catadora há mais de 20 anos, é muito fácil fechar os olhos e ignorar problemas sociais e, portanto, a iniciava do Colégio é fundamental na quebra de paradigmas. “Eu vivi, e ainda vivo, o preconceito por conta do meu trabalho, porém, o lixo é um problema de todos nós”, avalia.
As Conversas sobre Curitiba quebram os preconceitos e os lugares-comuns sobre os bairros e regiões da capital paranaense. Segundo Palmira de Oliveira, o Sítio Cercado, por exemplo, é taxado como violento, “mas é um lugar de muita gente boa”. Atualmente com 185 mil habitantes, o bairro é um dos principais da cidade e contar a sua história é também um resgate da formação de Curitiba. “Criamos esse projeto [o MUPE] para que moradores conheçam um pouco mais sobre o bairro”, explica a líder comunitária.
Humberto Imbrunisio ressalta o papel da cultura como um elemento coletivo e inerente à identidade de uma comunidade. “A cultura nunca é apenas de uma pessoa, ela pertence ao grupo”, afirma. Para o historiador, é preciso zelar pelo patrimônio cultural, valorizando as características fundantes de um povo ou de determinada localidade.
Camile e Lia contaram um pouco sobre o cotidiano dos catadores de recicláveis. Foto: Paulinha Kozlowski.Diversidade cultural
Chicho, que é sempre-aluno e leciona no Medianeira há 34 anos, observa a diversidade cultural como “o maior tesouro que uma cidade pode ter”. De acordo com o educador, mestre em Geografia e Meio Ambiente pela UFPR, o Brasil possui uma confluência de culturas que poucos lugares possuem e isso produz algo singular.
O debate e a reflexão sobre a cidade, e também sobre seus habitantes e costumes, faz parte do compromisso do Colégio Medianeira com a formação de jovens e crianças capazes de ler e interpretar a realidade e seus diversos contextos. A pluralidade que integra Curitiba ajuda a preparar os estudantes para a vida, pautados por uma postura de abertura e de justiça social e fraternidade.
Humberto Imbrunisio ressalta o papel da cultura como um elemento coletivo e inerente à identidade de uma comunidade. Foto: Paulinha Kozlowski.[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]