11.08.16

Diego Zerwes: educação e arte

Para conhecer um pouco mais sobre ele, leia o bate-papo com o educador.

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Diego durante um dos debates da Flim de 2015. Foto: Paulinha Kozlowski,

Entrevista e texto por Jonatan Silva

O educador Diego Zerwes chegou ao Medianeira há seis anos. De lá para cá, ele passou diversos setores do Colégio e atualmente faz parte da Informática Educacional, cuidando – entre outras cosias – do Laboratório de Informática Fase II. Conhecido pelo bom humor e pelo amor à literatura, Diego é uma figura carismática e querida por educadores e alunos.

Para conhecer um pouco mais sobre ele, leia abaixo o bate-papo com o educador.

Queria que você falasse um pouco sobre a sua chegada ao Medianeira?
Eu cheguei no Colégio em uma época em que eu passava por uma espécie de crise profissional, até existencial. Eu me formei em Publicidade e, no ano seguinte, trabalhei em uma agência como redator e fazia uma especialização em Literatura Brasileira e História Nacional. Eu saí da agência e mandei um e-mail para o Cezar (Tridapalli, ex-coordenador de Comunicação e Midiaeducação): “Não quero mais trabalhar em agência. Se tivesse uma vaga no Medianeira, eu ficaria bem feliz em trabalhar com vocês”.

Eu comecei como auxiliar de audiovisual, na Fase I com a Cléa. Naquele momento, não tinham computadores e projetores em todas as salas de aula, então, a minha tarefa – não só isso, mas principalmente – montar projetor de acordo com a demanda dos professores.

Você passou por diversos setores do Colégio. Como foi o seu percurso da Publicidade até a Informática Educacional?
Eu fiquei meio ano no Audiovisual. Depois eu fui trabalhar na biblioteca da Fase II e do EAD, da Unisinos e, se não me engano, eu fiquei por dois anos. Aí, eu fui para um setor novo na época, que se chamava Educação Digital, que ainda existe e é o grande guarda-chuva do setor que estou hoje, a Informática Educacional.

Eu já fazia uma coisa bem diversa daquilo que eu fazia na biblioteca: cuidava do informativo, do site, do Facebook. Eu já fazia um auxílio aos professores, mas não de forma tão direta. Eu fiquei mais um ano e, quando foi reformulada a Comunicação, eu comecei a trabalhar com a Paulinha (Kozlowski, fotógrafa do Colégio), com a Liu (Liliane Grein, designer) e com o Vinícius (Soares Pinto, responsável pela Comunicação e pela Midiaeducação). Na verdade, eu já trabalhava com o Vinícius na Educação Digital. Isso foi em 2013.

Qual o papel da educação na formação de um mundo mais justo?
Acho que a base de tudo é levar em consideração o outro, pensar no outro, ter o outro. Quando você consegue ampliar a sua visão de mundo e ver que o mundo é feito de pessoas muito diferentes de você – e que você precisa aceitá-las –, que é preciso estar ao lado delas e que, a partir delas, a sua própria identidade se molda, esse é o papel da educação.

[/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] O educador durante apresentação para as crianças da Educação Infantil. Foto: Arquivo Pessoal/Instagram.

De todos esses anos de Medianeira, existe alguma história que te emocionou?
Acho que tem muito a ver com os alunos, com o ambiente da escola. Eu tenho o costume de dizer que toco violão, mas eu não sou bom – até escrevi um texto sobre isso. Normalmente, as pessoas dizem que tem esse discurso é porque toca bem, mas não é verdade. Eu não toco bem mesmo.

Eu gravei uma música ou outra, meio que de brincadeira, meio sério. Eu tive a oportunidade de me apresentar em uma noite de sarau. Foi tranquilo, não fiquei nervoso e foi bom o resultado. Na Feira de Linguagens do Medianeira (Flim), do ano passado, eu fui me apresentar para as crianças, a pedido do professor Lucas, e fiquei muito nervoso, errei bastante. Eu falei para as crianças que, antes de qualquer coisa, me desculpassem qualquer erro porque eu não sou bom e porque não sou profissional.

Eu me apresentei, eles bateram palmas e sentei na plateia para assistir às outras apresentações. As crianças, enquanto iam embora, passavam e diziam: “nossa, como você toca bem”. Essa ingenuidade é marcante, o jeito com enxergam o mundo enquanto não perderam a pureza.

E tem alguma história engraçada?
Num desses traslados da Flim, Ignácio Loyola Brandão perguntou, ao passar ao lado da Vila Capanema, se aquele era o estádio do Paraná Clube. Com a afirmativa, ele apenas soluçou, cheio de pesar: “Coitado”.

Você tem uma forte ligação com a literatura. Isso nasceu na Flim ou veio de antes?
Sim, durante a faculdade. Eu era relativamente um leitor no Ensino Fundamental, mas no Ensino Médio eu não lia. Voltei a ser um leitor mesmo somente na faculdade. Esse é um dos motivos de eu ter procurado trabalho com educação, afinal, são duas coisas interligadas.

Em 2010, ao mesmo tempo em que eu entrei aqui no Colégio, eu passei na faculdade de Letras e, por várias razões, acabei trancando. Acho muito interessante essa preocupação que o Medianeira tem com as linguagens, em especial a literatura. A literatura é uma coisa que é relegada, é “coisa chata” e diante de tanta coisa que a gente tem para fazer ela não é a escolhida. Isso é triste, uma pena.

E o projeto Traduzindo Leonard Cohen, como surgiu?
Eu não sei, eu gosto bastante dele. Acho que eu lembro de como surgiu a ideia. Eu tinha antes o costume de traduzir o que eu ouvia – não só das músicas dele, mas todas as músicas em inglês que eu ouvia. Eu fazia traduções básicas, em casa, só para entender aquilo. Aí, eu comecei a traduzir a sério o Leonard Cohen, a obra musical dele.

Durante uma Flim, eu fui motorista de alguns autores que vieram para cá – Daniel Galera, Ignácio Loyola Brandão, Eliane Brum, Ricardo Azevedo. E o Luiz Rufatto foi uma das melhores conversas que eu tive na minha vida. Eu fui buscá-lo no aeroporto e levá-lo até o hotel e peguei alguns congestionamentos no meio do caminho. Eu não fiz nenhuma questão de desviar, eu fiquei nos congestionamentos para continuar conversando com ele. Até pensei em fazer outros caminhos para ficar ainda mais longe, mas estava bom de congestionamento.

Ele não tinha o que fazer, não tinha como fugir. Ele é um cara muito legal e muito aberto às conversas. E aí veio o click de publicar essas traduções, que não eram muitas, mas eu fui fazendo cronologicamente e colocando no site. Não que ele tenha me dado a ideia, mas foi nessa conversa e nesse clima de literatura que me veio a ideia.

Você poderia indicar um livro, um filme e um disco?
– Livro: Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez

– Filme: Searching for Sugar Man, de Malik Bendjelloul

– Disco: Meu Corpo Minha Embalagem Todo Gasto Na Viagem, do Pessoal do Ceará e Ednardo

Leia aqui o perfil de outros educadores.[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

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