27.04.16

Pe. Dionysio: uma missão no Medianeira

O sacerdote, que permaneceu por 26 anos no Colégio, relembra com carinho seus dias dentro da instituição.

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Pe. Dionysio (ao centro) ao lado do Pe. João Roque Rohr (esquerda), reitor do Colégio Pio Brasileiro e Pe. Marcos Recolons (direita), assistente do Pe. Geral para a América Latina, durante a celebração de 50 anos de sua vida religiosa. Foto: Arquivo pessoal.

Entrevista por Jonatan Silva

O Padre Dionysio Seibel é um dos símbolos do Medianeira. De professor a vice-diretor do Colégio, o sacerdote, que ingressou no seminário aos 12 anos, é lembrado com carinho por aqueles que conviveram com ele durante os 26 anos ininterruptos em que fez parte da instituição. “A espiritualidade da Companhia de Jesus abre sempre fronteiras novas”, comenta sobre a sua vocação.

Conheça um pouco mais sobre a trajetória de Dionysio Seibel na entrevista abaixo:

Pe. Dionysio, para começarmos, gostaria que o senhor comentasse sobre a sua passagem pelo Colégio Medianeira.
Como estudante jesuíta, concluído o curso de filosofia, passei dois anos no Colégio Nossa Senhora Medianeira entre 1966 e 67. Fui professor de Português e História. Certamente aprendi muito, cheguei a conhecer a juventude curitibana, passei momentos de sufoco porque não tinha experiência para enfrentar essa nova realidade. Foram dois anos de intensa convivência com o mundo estudantil.

Retornei ao Colégio em 1976, já como padre. Exerci muitas atividades: fui Professor, Orientador Religioso, Diretor Acadêmico, Vice-diretor num período em que o Colégio Catarinense e o Medianeira eram dirigidos pelo mesmo diretor. Consegui conviver com situações felizes e realizadores, mas também enfrentei situações difíceis pelas quais o Colégio passou. Olhando para trás, posso me sentir realizado, pois tentei cultivar uma preocupação por um colégio sempre melhor dentro da proposta inaciana de educação, consegui também alimentar um relacionamento que me ligou profundamente a muitas pessoas que quero guardar comigo como um bem precioso.

Quais recordações o senhor guarda com mais carinho?
Um período de quase 26 anos ininterruptos é propício para experimentar situações marcantes. Algumas experiências, embora marcantes para mim, foram situações passageiras. Outras atividades iniciadas no Colégio ainda persistem. Em 1977, por inspiração do Pe. Raimundo Kroth, iniciamos a preparação da Crisma. Muitos grupos de alunos entraram nesta dinâmica de fé, fazendo uma experiência positiva de vida. Também foi uma experiência importante a Missão da Semana Santa que teve sua inspiração no trabalho voluntário dos colégios jesuítas da América Latina. Como a realidade brasileira não permitia um trabalho voluntário em regiões longínquas, por motivo de segurança, foram abertas “fronteiras” ao nosso redor, atendendo situações concretas na área metropolitana. É uma atividade que teve continuidade.

[/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Pe. Dionysio durante fala no Museu de Paranaguá sobre a presença jesuíta na cidade. Foto: Arquivo pessoal.

Como foi a sua missão em Curitiba?
Minha missão primeira foi o trabalho educacional no Colégio Nossa Senhora Medianeira. Mas a partir do Colégio se abriu um leque imenso no trabalho com a juventude curitibana. O Movimento de jovens Emaús que teve sua origem em São Paulo, conseguiu encantar os jovens que tentaram aprofundar sua fé em Jesus Cristo através da vivência pessoal, do encontro em grupos e da formação de comunidades. Ainda hoje há grupos que se encontram com frequência, para manter uma união que se criou a partir de 1972.

Sobre o sacerdócio, como o senhor descobriu a sua vocação. Por que escolheu ser jesuíta?
Cada vocação tem um itinerário que não é fácil de discernir. Com 11 anos senti o desejo de ir para o Seminário e especificamente para um seminário jesuíta. Com doze anos iniciei a formação, também a partir do seminário consegui clarear a vontade de viver como jesuíta. E isto é uma caminhada que não chega ao fim. A espiritualidade da Companhia de Jesus abre sempre fronteiras novas. Continuo nesta caminhada de conhecimento e vivência da espiritualidade inaciana. Uma grande descoberta me parece ser a compreensão e a coerente vivência da liberdade, presente nos Exercícios Espirituais de Santo Inácio.

O senhor teve uma estadia importante por Roma. O que senhor pode nos dizer desse período?
A estadia em Roma foi um grande aprendizado. Minha primeira tarefa foi atender, como diretor espiritual, os alunos, todos eles sacerdotes, do Colégio Pio Brasileiro. Tive um contato com padres de grande parte do Brasil e de outros países de fala espanhola ou portuguesa. Foi uma oportunidade de conhecer a realidade eclesial brasileira. Minha segunda tarefa foi na casa Geral dos Jesuítas (Cúria Geral da Companhia de Jesus), exercendo a função de Secretário da Língua Portuguesa. O maior compromisso foi com o Brasil, Moçambique e Portugal. Mas a função me deu ocasião de conhecer profundamente a Companhia de Jesus, suas obras, trabalhos, êxitos e problemas do mundo inteiro.

O sacerdócio exige muita dedicação e doação, mas como todo mundo os padres também têm seus momentos para relaxar e descansar. O que senhor gosta de fazer nas horas de folga?
Atualmente o tempo de folga aumentou. Estou na casa de saúde que os jesuítas mantêm em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Posso exercer quase todas as atividades normais na casa e também no atendimento a compromissos diversos. Tenho ocasião de me atualizar através da leitura e do contato com muitas pessoas através de usuais meios de comunicação. Tenho ocasião de estar presente a pessoas que precisam ser escutadas ou atendidas.

Sempre pedimos a indicação de um livro, um disco e um filme. Quais seriam as indicações do senhor?
Tenho ocasião de ter sempre à mão um livro de cunho formativo. Atualmente estou lendo “Espiritualidade cristã para buscadores” em que o autor Roger Haight tenta criar uma ponte entre os Exercícios Espirituais e o mundo não crente. Interessa-me também a leitura de romances clássicos. Aprecio muito a música de Beethoven (em especial a nona sinfonia) e Haendel (O Messias). Como filme, apreciei muito A Missão (1986), que, de maneira criativa, trabalha a caminhada dos Exercícios Espirituais, a começar do pecado e perdão até o sonho de uma utopia, apesar dos aparentes fracassos.

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