31.07.19

Semana Inaciana 2019

Entre os dias 31 de julho e 07 de agosto, o Colégio Medianeira celebra a Semana Inaciana.

Entre os dias 31 de julho e 07 de agosto, o Colégio Medianeira celebra a Semana Inaciana, com atividades que oportunizam o conhecimento acerca da vida e da obra de Inácio de Loyola (23 de outubro de 1491 – 31 de julho de 1556), fundador da Companhia de Jesus.

Iniciamos as comemorações no dia de Santo Inácio (31/7), com a palestra do P. Claudio Paul, SJ. O Assistente Regional para a América Latina Meridional e Conselheiro Superior na Cúria Geral da Companhia de Jesus em Roma, que tem uma trajetória de dedicação integral à missão da Companhia de Jesus, propôs um bate-papo com os educadores do Medianeira.

O jesuíta relembrou a história de Santo Inácio, traçando um panorama geral acerca da atuação da Companhia de Jesus no mundo. Falando sobre os desafios no âmbito educacional, e apresentando as Preferências Apostólicas Universais e suas implicações no contexto social contemporâneo.

Atividades

A Biblioteca P. Oswaldo Gomes terá uma programação especial de comemorações. Ao longo de toda semana, os educadores da Fase I promovem uma contação da histórias para as turmas da Educação Infantil. Por meio de uma projeção de imagens com narração em áudio, apresentam, aos estudantes, a história da vida de Santo Inácio.

Segundo Mário Borges, responsável pela Biblioteca do Colégio, a participação do setor na Semana Inaciana sinaliza movimentos em prol de uma educação mais plural e centralizada no protagonismo do estudante. “Acredito que a biblioteca seja um espaço dinâmico e integrado à escola que desempenha sua função de agente educacional e, neste sentido, adapta-se aos sinais dos tempos, na busca de formar homens e mulheres competentes, conscientes e solidários para a construção de uma sociedade justa, com base nos aspectos do pensamento pedagógico inaciano. É o Magis inaciano que nos leva a superar as estruturas injustas e propor sempre o mais e melhor em nossa prática pedagógica.”

Livro Santo Inácio de Loyola

Vida e Obra

“Eterno Senhor de todas as coisas,
eu me ofereço, com vossa graça e ajuda,
diante de vossa infinita bondade, de vossa Mãe gloriosa e de todos os santos e santas da corte celestial”.

Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, nasceu no Castelo de Loyola, em Azpeitia, região basca ao norte da Espanha, em 1491. Filho de família cristã da nobreza rural e caçula de 13 irmãos, foi batizado como Íñigo López e, mais tarde, mudou seu nome, passando a assinar Inácio.

Em 1506, quando tinha 15 anos, colocou-se a serviço de Juan Velázquez de Cuéllar, ministro do Tesouro Real durante o reinado de Fernando de Aragão. Aos cuidados de seu protetor, recebeu formação para aprimoramento de sua cultura. Tornou-se um exímio cavaleiro, mostrando sua inclinação pelas aventuras militares.

Conforme descreveu em sua autobiografia, até os 26 anos de idade “tinha sido um homem entregue às vaidades do mundo”, mas essa história começou a mudar em 1517, quando Juan Velázquez caiu em desgraça e Inácio passou a servir ao duque de Nájera e vice-rei de Navarra, Antônio Manrique, participando de vários combates militares.

Em 20 de maio de 1521, ao tentar proteger a Pamplona (capital de Navarra) dos invasores franceses, Inácio foi ferido por uma bala de canhão que, além de partir sua perna direita, deixou lesões na esquerda. O grave ferimento foi fundamental para uma mudança radical que aconteceria em sua vida.

Durante o período de convalescença no Castelo de Loyola, como não havia livros de Cavalarias, que eram seus preferidos, Inácio dedicou-se à leitura de Vida de Cristo. E foi após o contato com os livros religiosos que percebeu, com atenção e paciência, que as ambições mundanas causavam apenas alegrias efêmeras, ao passo que a entrega a Jesus Cristo enchia o coração de alegria duradoura. Essa consolação foi, para Inácio, um sinal de Deus.

Já recuperado, e com o forte desejo de mudanças, Inácio decidiu partir rumo a Jerusalém. Saindo de Loyola, seguiu em peregrinação para Montserrat. No caminho, doou suas roupas de fidalgo a um pobre, passando a usar trajes rústicos. A espada foi deixada no altar da Igreja de Nossa Senhora de Montserrat, após uma noite de oração.

Em Manresa, Inácio abrigou-se em uma cova e, vivendo como eremita e mendigo, passou pelas mais duras necessidades. Seu objetivo era ter tranquilidade para fazer anotações em um caderno que, mais tarde, iriam se transformar no livro dos Exercícios Espirituais (EE), considerado até hoje um de seus mais importantes legados. Após essa experiência, Inácio seguiu em sua longa peregrinação até Jerusalém, onde permaneceu por algum tempo. De volta à Europa, sofreu perseguições e incompreensões que lhe fizeram perceber a necessidade de estudar para melhor ajudar ao próximo.

A cidade escolhida para dedicar-se aos estudos de Filosofia e Teologia foi Paris (França), onde conseguiu agrupar colegas a quem passou a chamar de companheiros ou amigos no Senhor. Esse foi o primeiro esboço do que seria a Companhia de Jesus.

Em 15 de agosto de 1534, na capela de Montmartre, em Paris, Inácio e seis companheiros (Francisco Xavier, Pedro Fabro, Afonso Bobadilha, Diogo Laínez, Afonso Salmeirão e Simão Rodrigues) fizeram votos de dedicação ao bem dos homens, imitando Cristo, peregrinando até Jerusalém e, caso não fosse possível, apresentando-se ao Papa, com o objetivo de se colocar à disposição do Pontífice. Um ano depois, os votos foram renovados por eles e mais três outros companheiros (Cláudio Jaio, João Codure, Pascásio Broet).

Por meio da bula Regimini militantis Ecclesiae, a Companhia de Jesus (em latim, Societas Iesu, S. J.) foi aprovada oficialmente pelo Papa Paulo III, em 27 de setembro de 1540. No ano seguinte, 1541, Inácio foi eleito o primeiro Superior Geral da Ordem, passando a viver em Roma (Itália). Dedicou-se à função preparando e enviando os jesuítas ao mundo todo, servindo à Igreja e escrevendo as Constituições da Companhia de Jesus. Em 31 de julho de 1556, muito debilitado, Inácio morreu em Roma. Sua canonização aconteceu em 12 de março de 1622, pelo Papa Gregório XV.

Quer saber mais sobre a vida do fundador da Companhia de Jesus? Clique aqui e confira o vídeo.

 Oração de Santo Inácio de Loyola

Tomai, Senhor, e recebei
Toda a minha liberdade, a minha memória também.
O meu entendimento e toda a minha vontade
Tudo o que tenho e possuo, vós me destes com amor.

Todos os dons que me destes, com gratidão vos devolvo
Disponde deles, Senhor, segundo a vossa vontade.
Dai-me somente, o vosso amor, vossa graça
Isto me basta, nada mais quero pedir.

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