14.12.17

Sempre-aluna resgata história de mulheres brasileiras em livro

A obra reúne o perfil de 44 figuras femininas que fizeram a diferença em diversos setores da sociedade.

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] As autoras Aryane (esq.) e Duda (dir.). Foto: Divulgação.

Por Jonatan Silva

As jornalistas Aryane Cararo e Duda Porto de Souza lançam no próximo sábado (16/12) em Curitiba o livro Extraordinárias: Mulheres que revolucionaram o Brasil, que compila o perfil de 44 importantes figuras femininas que fazem parte da história brasileira. Aryane, que é sempre-aluna do Colégio Medianeira, explica que a necessidade de partilhar as vidas dessas mulheres nasceu da ausência de heroínas nacionais que pudessem inspirar os jovens. O livro é o resultado de dois anos de pesquisa e escrita.

“Precisávamos resgatar esses nomes. Então, o começo foi justamente ir atrás dessas mulheres. Quem eram? Nos preocupamos em diversificar as áreas de atuação: direitos humanos, política, cultura, meio ambiente, ciência, esporte… Tentamos também balancear as regiões de origem, para sair um pouco do eixo Rio-São Paulo, e ter representantes em diversos períodos históricos”, comenta Aryane, que estudou no Medianeira do Jardim II ao Terceirão e possui no currículo experiências pelas redações da revista Crescer e do jornal O Estado de S. Paulo.

A lista de personagens criada pelas escritoras chegou a constar com 300 nomes. Muitas das histórias selecionadas “quase caíram na categoria de lenda pela falta de documentos”. Para chegar às 44 mulheres que integram Extraordinárias, Aryane e Duda precisaram estabelecer alguns critérios como a importância daquela pessoa em sua área de atuação, se marcaram a história do Brasil ou se provocaram mudanças no rumo do país.

“Acabei me apaixonando pela vida de todas essas mulheres, que foram ousadas, desafiadoras, destemidas, independentes, todas à frente do seu tempo. É impressionante como sabemos pouco sobre as vidas delas, vimos isso com a dificuldade de encontrar registros históricos confiáveis”, explica a sempre-aluna, destacando os perfis da médica Zilda Arns (1934 – 2010), da auditora fiscal do trabalho Marinalva Dantas – que libertou mais de 2 mil pessoas de trabalho análogo à escravidão nos últimos anos – e de Anita Garibaldi (1821 – 1849).

Representatividade

O Brasil é o quinto país mais violento do mundo para as mulheres. Para Aryane Cararo, além da violência, é preciso combater também a desigualdade que impacta em salários mais baixos e a dificuldade de igualar a divisão das tarefas de casa. Nesse sentido, a jornalista enxerga o livro como um importante instrumento que dá voz e representatividade às mulheres.

“Nossas meninas, adolescentes e mulheres precisam saber o poder que elas têm, que podem realizar coisas extraordinárias. E os meninos e homens também precisam saber disso, para que possamos ter uma sociedade com mais respeito e igualdade. Está na hora de reescrevermos nossa história”, explica.

[/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Aryane e seu irmão Ricardo, em 1987, durante uma festa junina no Medianeira. Foto: Acervo Pessoal.

 Anos de Medianeira

Aryane estudou no Medianeira de 1985 a 1996 e, na sua visão, as experiências que vivenciou no Colégio foram fundamentais para a sua escolha profissional e também na sua formação como pessoa preocupada com os demais. “Posso dizer que minha formação toda tem a influência da filosofia da escola e de professores incríveis com quem tive a oportunidade de aprender. Sempre digo que havia uma preocupação em preparar os estudantes para a vida”, relembra.

O amor pela escrita também nasceu dentro do Medianeira por meio das atividades que incentivavam o hábito e das avaliações – que também valorizavam, e ainda valorizam, o ato de escrever e interpretar.

“Lembro das rodas de história do Jardim II, na biblioteca. Recordo de duas histórias até hoje! A do Menino Maluquinho, que foi a primeira da minha vida – já contei para o Ziraldo isso quando o entrevistei –, e a da joaninha que buscava sapatos para a centopeia [/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”][As Centopeias e seus sapatinhos, de Milton Camargo]. E lembro também o quanto aguardava ansiosa a feira anual de livros, com aquele oceano de títulos e a chance de escolher pelo menos um deles”, avalia.

As lembranças dos anos de Medianeira fazem parte do dia a dia de Aryane. De acordo com a escritora, o tempo em que estudou no Colégio é motivo de muito carinho e orgulho: os momentos de convivência com os colegas e os educadores, as festas e comemorações, as brincadeiras e as aulas.

“Lembro de pular elástico nos intervalos. Lembro das aulas de artes e música, que adorava! Lembro de todos os professores que tive e do incentivo que eles forneciam. Lembro dos colegas, alguns que ficaram para a vida toda. Lembro dos desfiles nas Olimpíadas, das festas juninas, dos passeios à chácara do Medianeira [atualmente Centro de Educação Ambiental] e de subir o Morro do Bruninho”, recorda.

Com uma trajetória pessoal e profissional pautada pela ética e pelo respeito aos outros, Aryane Cararo, jornalista e sempre-aluna, é um exemplo de excelência humana e acadêmica.

Clique aqui para ler um trecho do livro.

Lançamento do livro Extraordinárias: Mulheres que revolucionaram o Brasil

Quando: 16 de dezembro (sábado)

Horário: 15h

Local: Escola de Escrita

Endereço: Alameda Augusto Stellfeld, 1452 – Bigorrilho, Curitiba – PR

Capa do livro: Divulgação.[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

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