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O Colégio Medianeira promove o 1º Simpósio de Práticas Inovadoras no dia 28 de outubro para todos os seus educadores. O evento, que contará com mesas temáticas e oficinas internas, tem como objetivo discutir a integração adequada das tecnologias no ambiente educacional e como eles podem proporcionar um leque de oportunidades de aprendizado, incentivando a criatividade dos estudantes, a colaboração e a resolução de problemas.

Os educadores do Medianeira podem inscrever seus trabalhos tanto para as oficinas quanto para as mesas temáticas até dia 29 de setembro. Para ouvintes, a inscrição começa 10 de outubro. Todos os participantes serão certificados pela Unisinos.

O orientador pedagógio, Mayco Delavy, que também faz parte da comissão do Simpósio, lembra que valorizar as metodologias ativas na sala de aula é empoderar os estudantes para que sejam protagonistas de seu próprio aprendizado. “Ao permitir que os alunos conduzam investigações, debates e projetos, a educação deixa de ser um processo passivo e se torna uma experiência significativa, estimulando a autonomia, a responsabilidade e o senso crítico”, comenta Mayco. Porém, ele também afirma que as metodologias, por melhores que sejam, não substituem o papel do professor e da professora, profissionais que propiciam aos estudantes empatia, respeito, paixão, motivação e esperança.

Mesas temáticas do Simpósio de Práticas Inovadoras

Serão abertas seis salas de mesas temáticas e o tempo de comunicação em cada uma delas será de 30 minutos, divididos em 20 minutos para apresentação e 10 para discussão coletiva do eixo apresentado.

Durante o tempo programado o autor do trabalho compartilhará informações, ideias ou conhecimentos específicos sobre seu tema de estudo. Assim, o público conhecerá melhor o assunto e poderá discutir com maior propriedade. Confira abaixo cada um dos eixos que serão trabalhados:

Eixo 1: Educação e tecnologias

A era digital trouxe consigo um cenário de constantes mudanças e avanços tecnológicos que impactam cada aspecto da nossa sociedade. Na área educacional, não é diferente. A interseção entre educação e tecnologia tem sido um tópico de crescente interesse, levando a um movimento de inovações pedagógicas para acompanhar as demandas do século XXI. Os trabalhos inscritos neste eixo buscam explorar essa relação sinérgica, visando compreender como as tecnologias para além dos discursos inovistas podem ser adequadamente integradas ao ambiente educacional para
promover aprimoramentos significativos no processo de ensino-aprendizagem.

Eixo 2: Metodologias ativas e protagonismo estudantil

As metodologias ativas são estratégias, técnicas, abordagens e perspectivas que transformam os estudantes em protagonistas de seu processo educacional. Isto permite que o trabalho acadêmico seja realizado a partir de espaços de trocas. Assim, os estudantes passam a fazer parte dos planejamentos desenvolvidos pelos educadores, tornando-se parte ativa desse processo. A aprendizagem torna-se mais significativa, trazendo novas experiências para as práticas sociais. Neste eixo, espera-se que sejam apresentadas estratégias que evidenciem o uso de metodologias
que coloquem o estudante no centro do processo educacional e que, como práticas sociais, visem também a formação de pessoas críticas, reflexivas e pesquisadoras.

Eixo 3: Integração curricular e pesquisa

A integração curricular busca conectar de forma significativa os diferentes componentes curriculares, promovendo uma aprendizagem mais contextualizada para os estudantes. Ao relacionar conceitos e habilidades de diferentes áreas do conhecimento, os professores auxiliam seus estudantes a compreenderem como o conhecimento se aplica em diferentes contextos, promovendo uma visão mais abrangente e interconectada do mundo. Nesse processo, a pesquisa se torna uma ferramenta pedagógica poderosa, permitindo que os estudantes desenvolvam habilidades críticas, analíticas e de resolução de problemas, tornando-se protagonistas do próprio aprendizado. A integração curricular e a pesquisa são pilares fundamentais para uma educação mais relevante, estimulante e alinhada às necessidades do século XXI. Os trabalhos inscritos neste eixo destacam práticas que integram os conhecimentos dos diversos componentes curriculares, evidenciando o compromisso com uma educação de qualidade e contextualizada.

Eixo 4: Sustentabilidade e Cidadania global

O termo sustentabilidade descreve o desenvolvimento da sociedade sem comprometer as necessidades ambientais futuras, pensando na justiça socioambiental. O cuidado com a casa comum é uma das preocupações da educação integral e foco na nossa escola. A ecologia propõe ações concretas de manejo e cultivo sustentável do solo, da água, das florestas e dos diversos ecossistemas naturais, respeitando seus ciclos de autorregeneração e reparando danos causados pela ação exploratória. Esse saber ecológico de natureza sistêmica, holística e transdisciplinar, em suas múltiplas relações, é denominado de Ecologia Integral. A crise socioambiental, com seus desafios graves e complexos, demanda práticas e saberes integrais na busca de soluções alternativas. Entender que todas as nossas ações e comportamentos têm uma consequência no mundo e no modo como todos vivemos é o que se pretende ao desenvolver o conceito de cidadania local e global. Os trabalhos apresentados nesse eixo buscam ações inovadoras na educação ambiental e desenvolvimento sustentável, buscando a compreensão dos estudantes dessas temáticas e o desenvolvimento da consciência ambiental de toda a comunidade escolar.

Eixo 5: Inclusão e diversidade

O Brasil é um país de imensa diversidade cultural, e ao longo de sua história naturalizou profundas desigualdades sociais entre grupos definidos por raça, gênero, condição socioeconômica, bem como por pessoas com necessidades especiais. Diante desse quadro, as instituições de ensino têm o papel de construir currículos que considerem as necessidades individuais dos educandos, assim como suas identidades linguísticas, étnicas e culturais. Um currículo que visa a equidade, também exige um claro compromisso de reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos, como os povos originários e as populações das comunidades remanescentes de quilombos e demais afrodescendentes, igualmente, requer o compromisso com os alunos com excepcionalidades, reconhecendo a necessidade de práticas docentes inclusivas e de diferenciação curricular. Este eixo de pesquisa busca investigar as práticas pedagógicas que visam a compreensão e o reconhecimento das diferenças, o respeito aos direitos humanos e à interculturalidade, e o combate aos preconceitos de qualquer natureza.

Eixo 6: Acompanhamento, avaliação e Mapa de Aprendizagens

Acompanhamento, mediação e avaliação estão no coração do fazer educativo, com ênfase ao modo de proceder inaciano. São elementos que acompanham a escola desde as suas origens mais remotas. Ligadas ao nascimento da escola, fazem parte do DNA da docência. Assim como não existe escola sem o professor e o estudante, não haverá aprendizagem significativa sem avaliação e acompanhamento. É diante dessa base que nasce o Mapa das Aprendizagens como uma releitura local que visa à qualificação do acompanhamento do estudante. Os trabalhos inscritos neste eixo evidenciam a importância dessas três frentes para o fazer pedagógico crítico em um colégio
jesuíta.

Oficinas do Simpósio de Práticas Inovadoras

O tempo destinado às oficinas será de 30 minutos mais 15 minutos para discussão coletiva. Serão abertas três salas  divididas nos seguintes eixos:

• Sala 1 – Educação e tecnologias e Integração curricular e pesquisa;
• Sala 2 – Metodologias ativas e protagonismo estudantil e Acompanhamento, avaliação e Mapa de Aprendizagens;
• Sala 3 – Sustentabilidade e Cidadania global e Inclusão e diversidade.