02.05.16

Os Ensinamentos da literatura

Educadores do Medianeira comentam sobre importância da leitura nas formações humana e acadêmica.

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] A literatura vai além dos livros e das bibliotecas, se transformando em uma agente de sociabilização. Foto: Paulinha Kozlowski.

Texto por Jonatan Silva

Os primeiros livros para crianças e jovens foram escritos no século XVII e, ainda que não se encaixassem no conceito de literatura que conhecemos hoje, foram importantes para que, 300 anos mais tarde, o gênero ganhasse respeito e fosse tratado com seriedade. No Brasil a literatura infantil chegou no século XIX pelas mãos de Carlos Jansen e Alberto Figueiredo Pimentel. E de lá para cá, a literatura infantojuvenil ganhou a lista dos mais vendidos e também o cinema.

Criar hábitos de leitura em crianças e adolescentes é fundamental para que exista um público leitor adulto. Para o revisor de textos do Colégio Medianeira, Bruno Sanroman, que já atuou como mediador de leitura, um elemento de interesse nos livros é ruptura com o tempo acelerado em que vivemos. “A literatura nos insere em um instante de poeticidade com duração e profundidade, alcançando sentidos que atravessam realidades e acompanham vidas”, afirma Sanroman.

A literatura vai além dos livros e das bibliotecas, se transformando em uma agente de sociabilização e observação do mundo. Jovens e crianças se reúnem para ler ou discutir um livro e estabelecem amizades que podem perdurar por toda uma vida. “A literatura é mais uma linguagem que nos ajuda a ‘inteligir’ o mundo. Nesse sentido, a palavra literária será, neste caso, palavra viva, cheia de sentido, humanizadora, criadora de vínculos, aquela que realizará as ligações”, define Luciane Hagemeyer, professora do Colégio Medianeira e criadora do projeto A Literatura na Escola.

Subindo a ladeira

Muitas vezes o primeiro contato com a literatura se dá por meio de obras de maior apelo comercial e que viram filmes ou séries em audiovisual. “Uma das dimensões da literatura é a de que ela é altamente socializadora. No entanto, entre as crianças e jovens esta dimensão se instala em grande parte e mais facilmente em sua horizontalidade, ou seja, por meio da produção contemporânea. Muitas obras atuais chegam a se tornar referenciais coletivos, independente de sua qualidade literária, como é o caso destes títulos”, explica Luciane.

De acordo com a educadora, no entanto, é preciso que os jovens leitores “subam ladeira”. Na visão da professora, é preciso que exista um equilíbrio entre o que a criação/adolescente quer ler e as sugestões de pais e professores.

Para Juliana Heleno, supervisora pedagógica do 1º ao 5º do Medianeira, os professores precisam conhecer os livros que os alunos estão lendo. “Como professora, procuro mostrar interesse por aquilo que meus alunos estão lendo, costumo ler para ter assunto para discutir com eles. É uma questão de respeito por eles”, explica a educadora – que leu toda a série Harry Potter e assistiu aos filmes.

[/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] . Pelo seu caráter transdisciplinar, a leitura permite um novo olhar sobre o mundo. Foto: Paulinha Kozlowski.

Aprendizagem integral

A leitura e a literatura fazem parte da proposta pedagógica de aprendizagem integral do Colégio. Pelo seu caráter transdisciplinar, a leitura permite uma observação do mundo com maior respeito e entendimento, transformando os alunos em sujeitos comprometidos, compassivos, competentes e conscientes.

“A literatura cumpre um papel fundamental na estruturação do pensamento, seja pela dimensão afetiva, imaginativa e estética que oferece acerca do conhecimento humano. Além disso, ela gera questionamentos e amplia a capacidade de estabelecer relações, pois também se relaciona com elementos que vão além da palavra escrita”, esclarece Luciane Hagemeyer, responsável pela oficina Clube do Livro da Escola de Artes (clique aqui e saiba mais sobre o projeto).

A ideia é compartilhada por Juliana Heleno, que destaca as possibilidades lúdicas da leitura. “As crianças gostam de ler, gostam de histórias, aproveitar esta disposição para lhes mostrar que há um caminho infinito quando a questão é a leitura é uma excelente ideia”, defende a educadora.

Nas graças de todos

Quando se fala em best-sellers é praticamente impossível fugir dos livros infantojuvenis. De acordo com o site Publishnews, especializado no mercado editorial, entre os dias 04 e 10 de abril, o livro para crianças em primeiro lugar na lista dos mais vendidos teve 5.423 cópias comercializadas. Em comparação com o topo da lista de autoajuda, por exemplo, há um empate técnico, com a diferença de 15 exemplares. Já o primeiro lugar na lista dos livros de negócios vendeu 1.355 cópias.

Um dos filmes mais esperados de 2016 é baseado em um clássico brasileiro da literatura juvenil: O Escaravelho do Diabo, de Lúcia Machado de Almeida (1910 – 2005) publicado pela primeira vez 1953, porém imortalizado pela Coleção Vaga-Lume duas décadas depois. Em reportagem do portal G1, a obra é citada com a segunda mais vendida da série, perdendo apenas para A Ilha perdida, de Maria José Dupré.

O Menino maluquinho, escrito por Ziraldo e publicado em 1980, é também um dos clássicos brasileiros do gênero, chegando a ganhar dois filmes, história em quadrinhos, ópera, desenho animado e seriado na TV na década seguinte.

[/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Literatura para crianças e adolescentes é parte importante do mercado editorial. Foto: Paulinha Kozlowski.

Dicas de livros

Bruno Sanroman: A Volta ao mundo em 80 dias, de Júlio Verne; Zoo, de Guimarães Rosa; Cacoete, de Eva Furnari.

Juliana Heleno: O conto da ilha desconhecida, de José Saramago; Menina bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado; Uma ideia toda azul, de Marina Colasanti.

Luciane Hagemeyer: Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll; O Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Monteiro Lobato; Peter Pan, de J. M. Barrie.[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

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