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A Arte é uma ferramenta para transformar o mundo. Foto: Paulinha Kozlowski.

Por Jonatan Silva

Educadores, famílias e alunos que passam pela portaria do Ensino Fundamental I já devem ter percebido algo de novo nos muros do Colégio Medianeira: o conjunto de três painéis grafitados. As obras foram criadas pelos alunos da 3º Série do Ensino Médio (EM) Felipe Pastre e Giovanna Roth e reproduzidas com a ajuda dos artistas plásticos Paulo Auma e Ivane Carneiro e do colega da 2ª série, Matheus Santos.

A iniciativa materializa a preocupação do Medianeira com a inserção da Arte no currículo escolar e a livre expressão de ideias e sentimentos por meio do trabalho artístico. A educadora Claudia Furtado Miranda, responsável pelo Serviço de Orientação Pedagógica (SOP) do EM, auxiliou os estudantes na viabilização do projeto. “Eles queriam deixar uma marca no Colégio com uma expressão artística e nós incentivamos esse movimento”, explica.

Auma enxerga no grafite e no desejo de fazer arte dos estudantes uma maneira de transformar o mundo e também o sujeito. “Se você conversar com um jovem ou adolescente, ele vai ter uma ideia bacana de mundo, mas nem sempre vai ter as ferramentas para construir esse mundo”, ressalta o artista.

Para os alunos que participaram, a sensação é de realização e encantamento. O contato entre a experiência dos artistas e a sede de saber dos alunos cria uma importante conexão entre gerações. Giovanna destaca a troca e a partilha de vivências como instrumentos durante a criação. “É bom ver no muro do Colégio aquilo que fizemos em três folhas de papel A3. É uma realização indescritível”, afirma.

Ivane compartilha da opinião. Para ela, a empolgação e as ideias trazidas pelos estudantes do Medianeira são também a energia dos artistas. “É muito gratificante”, define.

Painéis fazem um contraponto entre a solidão e a coletividade. Foto: Paulinha Kozlowski.

Beleza

A mensagem do painel idealizado pelos alunos é clara: é preciso ocupar a cidade de uma nova maneira, mais consciente e sensíveis ao outro, valorizando também a natureza e o ambiente. “Queríamos passar a ideia da passagem da cidade para o campo. Nós não precisamos disso [o caos urbano] para viver”, define Felipe.

O contraste entre as cores do grafite e a o cinza que preenche a cidade carrega consigo um significado específico. A tensão criada pela contraposição realça a mensagem e toca quem dedica alguns segundos para contemplar os painéis.

De acordo com a educadora, é possível vislumbrar no trabalho a criticidade e a criatividade que caracterizam os alunos do Medianeira. Na visão de Claudia, o questionamento da solidão e do individualismo representa o “abrir-se aos demais” e a consciência de coletividade que permeiam o Projeto Pedagógico da Instituição.

Os estudantes do Medianeira ao lado de Paulo Auma e Ivane Carneiro. Foto: Paulinha Kozlowski.

Poética do Espaço

Os painéis integram o Projeto Poética do Espaço, idealizado pelo Medianeira e que usa os diversos espaços do Colégio como suporte para uma experiência artística e estética por meio da convivência e da excelência humana e acadêmica.

A Arte é um instrumento fundamental na busca por um mundo mais justo e na formação de pessoas conscientes e compassivas e que buscam olhar a sociedade de maneira mais fraterna.

Confira a galeria de fotos

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