10.04.13

As peças que a língua nos prega… Ou: Lembranças de viagem I

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Fotografia tirada por Rafa Dalbem nas ruas de Coimbra.

Ao ter contato com um novo idioma, vou atrás de palavras que sejam similares ao nosso português. É a procura por um pouco de conforto auditivo ou mesmo preguiça que acaba sendo transformada em “caça” para estudar menos.

Ao me mudar para Portugal pensei: Oba! Aqui já sei tudo.

Mas em Portugal se fala “cá” e não “aqui”. “Cá já sei tudo”.

No meio acadêmico a coisa não é complicada, mas quando saí para ver o dia-a-dia… Estava preparada para o “comboio” e o “autocarro”, mas o resto, ai ai ai…

A primeira gafe foi quando comecei a trabalhar. Ficava bastante admirada ao ouvir as meninas dizendo “Já vou lá ter. Vou passar na cozinha”. “Já vou lá ter” em Portugal quer dizer “já chego” ou “já vou”. Mas o que me deixava intrigada de verdade era que elas iam ao banheiro. E aquilo ficou na minha cabeça uns bons dias… Incomodada, perguntei: Mas por que é que vocês dizem que vão à cozinha se vocês vão ao banheiro? Depois de uma gargalhada generalizada que impossibilitou a resposta de qualquer um dos membros da mesa (mas que possibilitou que eu ficasse vermelha de vergonha), eles me explicaram que para eles, banheiro é “casa de banho”, mas que no dia a dia falam “casinha” que, junto com a maneira linda que eles falam (sem ironia, é lindo de verdade), a pessoa que vos escreve entendia “cOZinha”… Pensem na cena!

Outro episódio ocorrido foi ao chegar para o almoço em uma das cantinas da Universidade de Coimbra. O cardápio dizia “Prato dia: Feijoada” e, pensar em um feijãozinho preto com carnes defumadas, couve, laranja e farofa me fez salivar de saudade. Entrei faceira na cantina, e pedi o prato. Quando me entregaram a iguaria feita com feijão branco, carnes frescas, repolho (que eles chamam de couve) e cenoura a minha expressão de desapontamento foi tão caricata que deixou a situação cômica.

Muitas outras gafes se seguiram nos dois anos que lá fiquei, mas depois do segundo episódio retratado tomei uma atitude: fiz uma feijoada “de verdade” e, logo depois, uma lista de palavras que, “em português”, são muito diferentes…

Rafa Dalbem[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

Ícone - Agende uma visita
Agende uma visita
Ícone - Matrículas
Matrículas

Utilizamos cookies para melhorar sua experiência em nossos sites e fornecer funcionalidade de redes sociais. Se desejar, você pode desabilitá-los nas configurações de seu navegador. Conheça nossa Política de Privacidade.

Concordo