08.11.18

FLIM 2018: Luís Henrique Pellanda

O escritor conversou com as turmas dos 6º anos do Colégio Medianeira.

Por Jonatan Silva

As turmas dos 7º anos conversaram com o escritor e jornalista Luís Henrique Pellanda sobre a relação do sujeito com o outro e a observação de contexto. O bate-papo fez parte da programação da Festa das Linguagens do Medianeira (FLIM) deste ano e contou com a leitura de textos produzidos pelos estudantes. Astuto investigador do espaço urbano, o cronista retrata em seus textos aquilo que testemunha diariamente, misturando realidade e ficção.

Pellanda comentou aos estudantes a relação especial que tem com a crônica “Sabiá de guerra”, publicada em 2014. O texto, que conta a história de um garoto que tenta ressuscitar um passarinho morto, foi usando pelo escritor durante um trabalho realizado com menores infratores, e dessa experiência nasceu um novo olhar do autor sobre seu próprio escrito.

Emocionado Pellanda relembra as diversas interpretações e finais que os jovens deram à crônica. “A gente sabe que cada pessoa é diferente da outra”, conta, “e eu percebi que as crianças que escrevem com os referenciais que têm”. Consciente do papel transformador da leitura – tema que também foi abordado por Carrascoza neste ano –, Luis Henrique Pellanda enxerga no contato do sujeito marginalizado com o livro como uma oportunidade de transgressão social, justamente, por retirar o indivíduo de uma condição que lhe parece destinada. “Apesar de parecer impossível, por que não?”, questiona.

Conhecimento

Segundo o escritor, cujo primeiro livro – Macaco ornamental – foi publicado em 2010, a literatura é mais que uma fonte de conhecimento e entretenimento. “Ler é um alimento. Se você não lê, morre de outras coisas”, explica.

Nascido em uma família de não-leitores, Pellanda reconhece o livro A Montanha mágica, de Thomas Mann, como um divisor de águas na sua história como leitor. “Lembro que as pessoas diziam que era difícil, mas não era tão complicado, não”, resume.

Neste ano, a FLIM traz os escritores João Anzanello Carrascoza, Veronica Stigger, Luís Henrique Pellanda e Elisabeth Loibl, além dos cineastas Aly Muritiba, Jessica Candal e Laís Melo.

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