05.12.16

Isabel Piccinelli: amor aos demais

A educadora completará três décadas de Colégio em 2017 e relembra sua vida no Medianeira.

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Isabel e outros educadores brasileiros durante o encontro no Panamá. Foto: FLACSI/Divulgação.

Texto e entrevista por Jonatan Silva

Com quase 30 anos de Medianeira, a educadora Isabel Cristina Piccinelli Dissenha, responsável pelo Serviço de Orientação Religiosa e de Pastoral (SOREP) dos 6º e 7º anos, relembra um pouco da sua trajetória, repleta de desafios, de conquistas e, acima de tudo, muita emoção.

Confira abaixo o bate-papo com a educadora.

 Como você chegou ao Colégio Medianeira?
Na época, eu estudava na PUC e na hora do intervalo os colegas comentaram que o Medianeira estava selecionando professores para contratação. Não pensei duas vezes em ir até o Colégio, pois tudo o que eu queria era trabalhar no Medianeira! Como o meu irmão Luciano estudava aqui no Ensino Médio, o Medianeira já era referência, fazia parte das nossas vidas.

As minhas primas Rita e Cris trabalhavam Colégio e como eu fazia magistério, algumas vezes fiquei na sala de aula com elas para observação. Eu sempre pensava: “um dia vou trabalhar aqui!”.

Aí, fiz entrevista com a coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental I. Logo em seguida, ela me disse que era para eu trazer os meus documentos, pois faria parte da equipe de educadores do ano de 1987. Senti uma imensa alegria naquele momento, me lembro como se fosse hoje. Voltei para as minhas aulas na PUC radiante e atravessei a “antiga ponte pênsil” cantando.

Você desenvolve um trabalho muito importante dentro do Colégio, que é a Pastoral. Poderia falar um pouco sobre ele?
O trabalho da Pastoral por meio de experiências significativas em diálogo com o currículo, busca:

– Propiciar aos nossos alunos e as nossas alunas estratégias metodológicas avaliativas na perspectiva de evangelização, de uma aprendizagem integral e significativa e de liderança inaciana;

– Contribuir com o desenvolvimento de pessoas integrais, profundamente humanas e
na formação de cidadãos globais na perspectiva da excelência humana;

– Aprofundar por meio de experiências significativas uma educação em valores, formação ética e sustentabilidade;

– Propiciar conhecimento de si e consequentemente do outro; ajuda a abrir horizontes na perspectiva de Deus.

Por meio da Espiritualidade Inaciana buscamos desenvolver o cultivo da interioridade, do autoconhecimento vinculado com a vida, com o outro, com o Criador, a fim de contribuir com a constituição de um Projeto de Vida Solidário.

As nossas estratégias de Voluntariado, Catequese de Primeira Eucaristia e Crisma, Perseverança na Fé, Celebrações Eucarísticas, Ações Sociais, Projetos socioambientais e Espiritualidade Inaciana buscam “Educar na justiça, no respeito, na solidariedade, na compaixão. A educação jesuíta é instrumento efetivo de formação fundamentado na fé, na prática da justiça, no diálogo inter-religioso e no cuidado com o ambiente (PEC 33).

Buscamos também mostrar a importância de agirmos como pessoas competentes, conscientes, comprometidas e compassivas, que buscam o “maior bem” na realização do compromisso da fé e da justiça, “sendo para e com os demais”, a partir do contato com a realidade social e da reflexão sobre as diferentes causas da injustiça no mundo contemporâneo.

[/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Isabel é movida pela emoção e pelo amor ao que faz. Foto: Paulinha Kozlowski.

Recentemente você esteve no Panamá apresentando o projeto Semana Santa. Como foi essa experiência de troca de vivências e conhecimentos?
Estive no Panamá na semana de 5 a 9 de setembro, participando do III Encontro de Homólogos de Pastoral FLACSI.

Nesta ocasião, partilhei com os colegas que lá estavam a experiência do Projeto Semana Santa como uma, dentre as várias estratégias da pastoral do Medianeira que a partir do currículo busca contribuir com a aprendizagem integral dos nossos alunos para que sejam cidadãos conscientes e críticos capazes de se organizar para as exigências do contexto, competentes para transformar a vida, compassivos frente a desigualdade e comprometidos com um mundo melhor.

Com essa experiência de troca de vivências e conhecimentos eu trouxe de lá: a gratidão pela oportunidade de estar em contato com várias culturas (isto é gratificante e enriquecedor); a partilha de experiências significativas de pastoral que buscam contribuir com o desenvolvimento de pessoas integrais e profundamente humanas; os sonhos em comum de a partir da espiritualidade inaciana e de um currículo evangelizador, propiciar experiências significativas que afetem o coração dos nossos alunos e alunas, para que assumam como Projeto de Vida compromissos pessoais e coletivos para em tudo amar e servir.

De todos esses anos de Medianeira, do que você mais se orgulha?
Falar sobre e desde que entrei no Medianeira é falar de:  vida, aprendizagens, desafios, alegrias, conquistas, amizades, parcerias, vínculos, processos, utopias, e, acima de tudo é dizer amo o que faço!

Desde que entrei no Medianeira, tive a oportunidade de vivenciar experiências com várias faixas etárias, trabalhei com todas as séries do Fundamental I, catequese de Primeira Eucaristia e Crisma. Desde 2010 trabalho na equipe de 6º e 7º anos como Orientadora Religiosa, Espiritual e de Pastoral e desde julho de 2015 sou coordenadora da Pastoral.

Ao recordar a minha passagem por todas estas séries, são inúmeras as lembranças. Os olhos das crianças atentos por tudo o que se passava a sua volta, as  mãos e os braços estendidos sedentos de segurança,  a alegria (minha e dos alunos) de ler e escrever as primeiras palavras, o segurar nas mãos para ajudar a traçar as primeiras letras, as nossas aulas de leitura no bosque e no parquinho,  os bilhetes carinhosos escritos “Eu te amo” (guardados até hoje), as ações que nos propusemos a realizar para ajudarmos a construir uma sociedade melhor de se viver, o nosso pacto de fazermos em tudo o mais e o melhor, a parceria e o reconhecimento ou valorização das famílias da missão do colégio.

É muito gratificante ver os nossos sempre-alunos se destacando na sociedade como profissionais, e, acima de tudo como pessoas solidárias. Fico muito feliz quando recebo convite para participar das formaturas, encontro-os em lugares públicos e me saúdam com tanto carinho, relembram das nossas aulas, das fotos da Primeira Eucaristia que estão em seus porta-retratos, das experiências únicas e inesquecíveis que vivenciamos na Semana Santa e nos Projetos Sociais (voluntariado).

Existe alguma história engraçada que você gostaria de compartilhar?
Certa vez agendei consulta com uma médica oftalmologista. Como ela estava muito atrasada devido a uma cirurgia de emergência, a secretária me comunicou que o médico da sua equipe me atenderia.

Para minha surpresa, assim que o médico me viu abraçou-me calorosamente e exclamou “Professora Isabel, que saudades! Você foi minha professora da 1ª série no Medianeira. Até hoje cada vez que traço a letra r maiúscula, me lembro da sua mão pegando na minha para ensinar-me a traçá-la”. Neste momento, me emocionei, voltei no tempo, e, tivemos uma longa conversa.

Para terminarmos, você poderia indicar um livro, um filme e um disco?
Livro: Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa

O Mundo de Sofia de Jostein Gaarder

A Arte Da Vida de Zygmunt Bauman

Filme: O Homem Que Viu o Infinito, de Matthew Brown

Disco: Chico Buarque, Beatles

Leia aqui mais perfis de educadores.[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

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