04.05.17

Laryssa Civolani: educar como vocação

Leia a entrevista com a educadora e saiba mais sobre a sua trajetória.

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Laryssa: uma postura pautada pela verdade e pelo amor à educação. Foto: Paulinha Kozlowski,

Texto e entrevista por Jonatan Silva

A professora Laryssa Civolani está no Colégio Medianeira desde 2001 e desde o seu primeiro dia na instituição realiza um importante trabalho com a língua espanhola. Pautada pela aprendizagem integral, a educadora é um exemplo de excelência humana e acadêmica.

Confira abaixo o bate-papo com a educadora:

Você poderia nos contar como chegou ao Medianeira?
Eu cheguei mandando um currículo. Eu vim pro Medianeira porque meus primos estudavam aqui, na verdade, eles são primos do meu marido. Eles estudavam aqui e falavam bastante do Medianeira e eu tive amigos que estudaram aqui. Eu já conhecia a história e a seriedade do Colégio. Assim, eu já conhecia o Medianeira desde quando eu fazia magistério.

Em que ano você entrou no Medianeira?
Foi em 2001.

Para quem ainda não te conhece: quem é a Laryssa?
O que eu gosto de fazer e sempre gostei é dar aula. A Laryssa é professora. Eu só me conheço como professora e eu escolhi ser professora. Essa é a minha marca. Todo mundo que me conhece sabe: a Laryssa é professora.

Outra coisa que eu adoro é estar com a minha família. Eu gosto muito de coisas simples. Eu não teria outra vida: eu gosto de cozinhar, gosto de ler, de ir ao cinema, mas nem sempre sobra tempo. Gosto de artesanato.

Sabemos que você é graduada em Turismo. O que você pode nos contar a respeito? Por que essa escolha?
Na verdade, eu sou professora desde os 17 anos. Eu fiz magistério no Sagrado [/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”][Coração de Jesus] e eu optei por Turismo meio deslumbrada por uma profissão nova, mesmo sendo professora. Só que no 1º ano eu descobri que não era a minha opção correta. Eu terminei Turismo e fui me especializar em Deficientes Auditivos (DA), e eu trabalhei vários anos com DA também. Depois de Turismo, que abrange várias disciplinas interessantes, tinha Literatura, História da Arte, Geografia, de Turismo fui para DA e, logo depois, eu fiz Artes na FAP. Eu abandonei o curso na metade e fui para Letras Português-Espanhol.

Só que o espanhol já tinha entrado na minha vida na adolescência. Desde a adolescência eu estudo espanhol, eu falo espanhol. Na época de Turismo eu fiz todas as línguas que me deixaram fazer na [Universidade] Federal [do Paraná]. Essa é a minha trajetória, mas sempre colocando a mão na massa dando aula. Eu já dei aula para todas as séries: do Maternal [atualmente, Infantil II] até a 3ª Série [do Ensino Médio].

Você trabalhou durante um tempo com o ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Como nasceu esse interesse? Como foi essa experiência?
Eu sempre fui uma pessoa que se relacionava com todo mundo e no meu bairro todo mundo me chamava de Tia Laryssa. Eu tinha nascido professora [risos]. E o meu vizinho era surdo, ele era novinho. A mãe dele falou: “você tem que trabalhar com surdos, você tem jeito com eles”, e foi me encaminhando. Eu adoro trabalhar com surdo, mas é que a vida foi me levando para outras escolhas. E eu não tenho problema de falar surdo, DA, sem preconceito.

“Eu me emociono várias vezes com os meus alunos”, afirma. Foto: Paulinha Kozlowski.

Ao ensinar Espanhol, você passeia entre diversos gêneros textuais – como o jornalismo e a literatura. Quais os desafios do ensino do idioma frente a um contexto global que tanto tem colocado em evidência o Inglês e o Mandarim?
É complicado, até mesmo por reformas na educação. Tem momentos da história do nosso país em que se valoriza muito a questão latina, a questão do espanhol, da integração do nosso país – que é enorme mas está em um continente em que todos falam espanhol. E, de repente, existe uma quebra dessa valorização e se continua a valorizar idiomas de países que têm muito mais poder econômico.

Eu vejo assim: a gente está em uma escola que consegue ter uma visão mais ampla, mais latino-americana. Por conta de estar no Medianeira eu consigo esse espaço. Eu passeio pelos gêneros por estar no Medianeira, aqui é a minha escola, não só por eu trabalhar aqui, mas porque é a escola que me faz aprender. A disponibilidade das pessoas é muito grande.

Você possui uma relação de muita amizade e respeito com os estudantes. Como conquistá-los quando é preciso concorrer com as redes sociais e tantos outros atrativos?
Isso é um desafio mesmo, até porque a cada ano a minha geração é mais distante da geração que eu dou aula. Primeiro, eu sempre procurei trabalhar com verdade. Verdade em conhecimento, no que eu sei e no que eu preciso deles [os alunos]. Você falou sobre a tecnologia. Eles me ensinam muita coisa. Nessa minha vida de professor, quando entrou a tecnologia a todo vapor, quem me ajudava eram os educadores e os alunos. Os alunos sempre ensinam o professor e isso é muito importante para mim.

Em um mundo de tecnologia em que os alunos são “multitudo”: estudar, ouvir música ficar no computador, eu falo para eles que quando estou falando eu gosto que olhem para mim e quando vocês precisarem falar comigo eu vou estar olhando para vocês, eu vou ser sempre inteira como pessoa e professor. Acho que é importante estabelecer uma relação sobre a verdade e o que eu tenho para eles. Na questão das tecnologias é correr atrás, é preciso saber sobre o que está acontecendo e fazer com que aquilo faça parte da minha vida. A minha busca é sempre ser uma mulher desse tempo para poder entrar em sala de aula. E quem me ajuda muito são meus parceiros de escola e os meus alunos.

Em todos os seus anos de Medianeira, que momento você considera mais emocionante?
A sala de aula me toca muitas vezes. Eu me emociono várias vezes com os meus alunos. O que me toca aqui no Medianeira são os vínculos que a gente estabelece com os nossos alunos.

E que momento ou situação engraçada você poderia compartilhar conosco?
Uma vez dando aula eu coloquei a cadeira aqui na frente e cruzei as pernas e dei a aula. No meio da aula eu fui trocar a perna e cadeira puf. A cadeira deslizou, não sei como, e os alunos não se esquecem disso (risos).

Para terminarmos, gostaria que você indicasse um livro, um filme e um disco.
Livro: Menino do Engenho, de José Lins do Rego.

Filme: O Labirinto do Fauno, dirigido por Guillermo del Toro.

Disco: Oswaldo Montenegro.

Clique aqui para ler o perfil de outros educadores.[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

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