08.12.10

O ano passou e nem vi

Faz tempo que o homem inventa coisas para tentar melhorar a própria vida, principalmente no que diz respeito a uma palavrinha mágica: tempo. As horas, os dias e o calendário, para o estabelecimento de uma organização social; os avanços nas áreas da saúde, para que seja possível viver mais e melhor; os produtos de beleza, para disfarçar o quanto já se viveu; e as engenhocas tecnológicas, para não perder tempo e usufruir do almejado ócio. Bom, no entanto, os anos passam, nos cercamos de confortos proporcionados pela vida moderna e continuamos sem tempo.

Os dias passam e nos queixamos da quantidade de demandas e cobranças que a rotina nos impõe, desde os compromissos no trabalho, na família e, não menos importantes, as metas estebelecidas com nós mesmos: voltar a se exercitar, concluir o curso de língua estrangeira, manter a alimentação balanceada e por aí vai. Vive-se uma contínua sensação de estar em descompasso com o tempo, pois apesar da corrida diária para concluir um número enorme de atividades, a desejada pausa para o ócio jamais acontece.

E em dezembro, quando começam as retrospectivas do ano que está por acabar, surge o pensamento: “Caramba! Quanta coisa aconteceu este ano!”. Só para refrescar a memória, nos últimos doze meses tivemos: terremoto no Haiti, deslizamentos no Rio de Janeiro, perdemos a Copa do Mundo, eleição presidencial, resgate dos mineiros chilenos… Isso só para citar alguns fatos que mobilizaram a mídia e o mundo; porém, repare quanta coisa mudou a nossa volta: amigos que se tornaram pais, pessoas queridas que faleceram, desconhecidos que se tornaram amigos, lugares novos visitados, uma porção de livros lidos e filmes assistidos… Poxa, e tudo passou como num piscar de olhos!

Portanto, sempre prometo para mim mesmo nos finais de anos que por mais que a vida moderna me imponha uma série de limitações no que diz respeito ao ócio, vou diminuir as relações sociais mediadas pelas inúmeras telas que me rodeiam e aproveitar, ao máximo, as novidades, boas ou não, ao lado das pessoas que me fazem bem. Estas linhas podem parecer um tanto clichês, mas quero evitar a sensação de chegar nos próximos fins de anos e ter a impressão de que tanta coisa aconteceu e não estive presente em nenhuma delas.

Bom fim de ano e até 2011!

Vinícius Soares Pinto

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