Padre Sallet: uma vida ao Medianeira
Aos 83 anos, ele relembra sua chegada ao colégio e o trabalho desenvolvido em 4 décadas.
[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Padre Sallet em celebração. Foto: Paulinha Kozlowski.
O Padre Pedro Sallet chegou ao Colégio Medianeira em 1973 e sua passagem, que não deveria durar mais que seis meses – ele vinha substituir outro sacerdote, que estava enfermo –, se estendeu por mais de 40 anos. A história do Padre Sallet, como é carinhosamente chamado por alunos e educadores, faz parte da biografia do próprio Medianeira. Sua transferência para São Leopoldo (RS), que acontece na próxima quarta-feira (9/3), é um momento de emoção, mas também de muita gratidão pelos anos de serviços dedicados ao projeto do Colégio e da Companhia de Jesus.
Nascido em 5 de fevereiro de 1933 na cidade Cerro Largo, localidade no interior do Rio Grande do Sul com pouco mais de 15 mil habitantes, Padre Sallet escolheu aos 22 anos o caminho que levaria para toda a vida: tornou-se jesuíta. “Existe uma possibilidade, como cristãos, de pertencermos a Deus. Quando assumimos o sacerdócio, queremos ser um outro Cristo”, explica. Os trabalhos no Colégio Medianeira começaram com as aulas de ensino religioso para Ensino Médio e a Primeira Eucaristia, depois Padre Sallet ensinou matemática e outras matérias.
Conhecido pelo espírito acolhedor, o sacerdote comenta com entusiasmo o carinho que os alunos e educadores têm por ele. “Os professores e as crianças sempre me quiseram muito bem. Até me dispus a sair, mas me disseram: ‘em time que está ganhando não se mexe’”, relembra aos risos Padre Sallet, que completa sério: “é o momento em que percebi que Deus se servia de mim”.
Formação humana
As quatro décadas dentro do Colégio Medianeira colocaram Padre Sallet em contato os jovens e suas preocupações. Para ele, muito mais que preparação acadêmica, é preciso investir na formação humana. “Eu não quero um robô. Eu quero uma pessoa, mas uma pessoa com muita formação humana, com muita cultura, delicadeza e valores de justiça e perdão. Esse é o projeto de Jesus Cristo”, diz – e comenta sobre a importância de cada ser humano se sentir um projeto de Deus.
[/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Padre Sallet na década de 1950. Foto: Arquivo.
Aos 83 anos, o religioso acredita que a felicidade é fruto da compreensão de si mesmo em Deus. Padre Sallet observa que, no mundo da técnica, é preciso ressaltar a tecnologia e a busca pela satisfação como um meio, jamais um fim. “Eu devo usar esse meio para o fim. É preciso ter em mente – com clareza – qual é a finalidade da vida.”
Na visão de Silvana Andretta, coordenadora do 1º ao 5º ano, Padre Sallet sempre se destacou pelo seu o caráter protetor e a capacidade de amparar quem precisava. “Ele marcou as nossas vidas pelo seu companheirismo, seu desprendimento, o seu coração sempre aberto e disponível, o seu carisma, o seu ser consagrado para missão jesuíta, suas mãos sempre estendidas para acolher a todos e a todas independente da função ou da religião”, disse.
Serviço silencioso
Os 61 anos de escolha sacerdotal, celebrados em 25 de fevereiro, foram, não raras vezes, um serviço silencioso. Nas palavras de Mayco Delavy, supervisor pedagógico dos 6º e 7º anos, em texto de 2015 para comemorar a data, o sacerdote possui a “oferta de um olhar capaz de enxergar o outro. Nós, seus amigos, agradecemos a você, P. Salete, pela coragem de ter dito ‘sim’ à sua vocação”.
A educadora Isabel Cristina Piccinelli Dissenha, do Serviço de Orientação Religiosa, Espiritual e de Pastoral (SOREP), relembra o papel de Padre Sallet no encaminhamento de alunos e famílias pela vida cristã. “Ele é uma referência na ideia de acolhida, escuta e humanismo. De fato, seu trabalho sempre foi silencioso, mas muito marcante. Muitas pessoas chegaram a Deus por meio dos exercícios da vida cotidiana”, comenta.
Uma lição de amor
O maior ensinamento de Padre Sallet, nesses mais de 40 anos de Medianeira, é o amor. Segundo o sacerdote, a felicidade é uma consequência direta do amor, o amor gratuito e sincero. E somente esse amor é capaz de dar sentido à vida.
“O sentido da vida, a vida humana, o ser humano, é que cada um de nós vai ser feliz na medida que realizarmos aquilo que é: um pedacinho de Deus. Deus é amor e nós vamos nos realizar na medida que amamos. E como é que a gente ama? Servindo juntos, ajudando os outros. Jesus disse: ‘eu estou no meio de vós como aquele que serve’. Servir e ajudar o outro. Então nós vamos ser felizes na medida em que nós realmente servirmos o outro e amarmos. Não um serviço somente para receber a recompensa, mas gratuito. Um servir como Deus dá a graça. Nós devemos amar gratuitamente”, afirma.
[/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Foto: Paulinha Kozlowski.
Linha do tempo
– 05 de fevereiro de 1933: nasce em Cerro Largo
– 1955: entra para a Companhia de Jesus
– 1957: termina o noviciado em Pareci Novo
– 1965: inicia Teologia
– 7 de dezembro de 1967: é ordenado sacerdote
– 1970: viaja para a Europa. Estuda na Itália e na Bélgica
– 1973: retorna ao Brasil e começa os trabalhos no Colégio Medianeira
– 1976: passa a trabalhar aqui na unidade Educação Infantil e 1ª fase do ensino fundamental até os dias de hoje
– 25 de fevereiro de 2015: completa 60 anos de escolha sacerdotal
– 10 de fevereiro de 2016: é transferido do Colégio Medianeira para São Leopoldo (RS).[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]