08.11.16

FLIM: Elisabeth Seraphim Prosser

A historiadora conversou com os alunos na manhã desta segunda-feira (7/11).

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Para a historiadora, o limite entre arte e vandalismo é muito tênue; Foto: Jonatan Silva.

Por Jonatan Silva

A escritora e historiadora social Elisabeth Seraphim Prosser conversou com os alunos do 9º anos na manhã desta segunda-feira (7/11) sobre a Arte de Rua. O tema, que é trabalhado em sala de aula e faz parte da programação da Festa das Linguagens do Medianeira (FLIM) de 2016, evoca a cidade como um livro aberto a ser folheado pelos cidadãos-leitores.

A historiadora, que é sempre-aluna do Medianeira, observa na arte que se espalha pelas ruas, muros e painéis um caráter polifônico, capaz de revelar as suas diferentes facetas. De acordo com Elisabeth Prosser, os prédios, o paisagismo, a propaganda, os muros grafitados e todos os elementos que compõem o cenário urbano são parte da expressão artística que percorre a urbe.

“Tudo aquilo que tem um significado pode veicular alguma coisa importante e está usando da arte. As mesas, os carros, as casas são desenhadas por pessoas com formação técnica, mas também artística”, explica a pesquisadora. Nesse sentido, a arte de rua estabelece um importante diálogo com o outro, já que informa de maneira direta e livre o que o artista sente e pensa ao conceber a obra.

Despertar

Para Elisabeth Prosser, a identificação com os movimentos de arte de rua foi fundamental para o seu despertar para o grafitti, o lambe-lambe e o próprio picho. Segundo a professora, a frase “é proibido calar catarses” estava escrita em uma parede e serviu de estopim para que olhasse essa vertente com novos olhos. “À medida que você olha e quer enxergar o que está por trás daqueles riscos, cores e formas, então você vai conhecer um pouquinho de quem pintou”, esclarece.

O professor de Língua Portuguesa do Medianeira, Caio de Castro, afirma que, ao levar a discussão para a sala de aula, os alunos ganham novas “vozes”, vozes que muitas vezes acabam silenciadas e institucionalizadas. “A arte nos humaniza, a arte nos sensibiliza, a arte nos desinstala, questiona, provoca. E nesse sentido, a provocação que a arte de rua faz é sempre muito questionadora do status quo e, portanto, permite uma reflexão socioeconômica, política, cultural, ideológica”, disse o educador.

Arte x vandalismo

Arte ou vandalismo? A discussão não é recente e não existe uma resposta pronta. A professora Elisabeth Seraphim Prosser é direta: se existe autorização, a arte de rua deve ser encarada como uma manifestação legítima; quando não existe autorização, no entanto, a pesquisadora explica que nem sempre a obra deve ser vista como um ato de transgressão. Segundo ela, é importante levar em consideração a interpretação individual daquilo que está nos muros ou paredes. “A gente tem que ver o que é vandalismo, o que é transgressão e onde estão as fronteiras disso tudo. Algumas pessoas podem ser mais radicais e para outras as fronteiras podem ser mais fluídas”, disse.

Caio de Castro comenta que muitos alunos, ao se depararem pela primeira vez com a arte de rua, veem naquela manifestação ecos de vandalismo. No entanto, o educador reforça que a percepção muda quando existe contextualização e fundamentação teórica. “E isso é simplesmente genial, pois não demora muito e eles querem fazer. Sentem-se protagonistas desse “fazer”. E isso também é uma grande mudança. Devido ao caráter questionador da Arte de Rua, é muito notório que eles começam a questionar, criticar, enfim, compreender a realidade de uma forma um tanto diferente”, resume o educador.

A discussão faz parte do compromisso do Colégio Medianeira com uma educação global e com a excelência humana e acadêmica, formando sujeitos competentes, consciente, compassivos e comprometidos, capazes de ver o mundo de maneira mais justa e tolerante.[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

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