30.09.16

Mônica Barddal: amor pela educação

Há quase 30 anos no Medianeira, educadora fez do Colégio a sua casa.

[fusion_builder_container hundred_percent=”yes” overflow=”visible”][fusion_builder_row][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Mônica chegou ao Colégio como aluna e, pouco a pouco, foi trilhando seu caminho. Foto: Paulinha Kozlowski.

Texto e entrevista por Jonatan Silva

Há quase 30 anos no Medianeira, Mônica Barddal carrega consigo a paixão por ser educadora e o amor pelos alunos. Atualmente no Serviço de Orientação Educacional (SOE) do Ensino Fundamental Fase I, a educadora é um exemplo de excelência humana e acadêmica, capaz de transmitir a todos o seu carinho pelo Colégio e pela vida de educadora.

Leia abaixo o bate-papo com a educadora.

Você tem uma relação antiga com o Medianeira: dos tempos de aluna até o SOE, além de ser mãe de aluno. Você pode contar um pouco da sua história no Colégio?
Eu entrei como aluna no 7º ano. Os meus irmãos eram alunos desde a Educação Infantil e eu fiquei como aluna até a 1ª série do Ensino Médio, que na época era o Científico, e descobri que queria dar aula. Eu falei: vou ter que sair do Colégio, sempre gostei muito, mas vou ter que sair porque eu quero dar aula e fazer Magistério. Então, eu fiz o 2º e 3º anos do Magistério, só que no 1º ano já tinha estágio e eu ainda não tinha feito. E eu vim pedir estágio aqui no Medianeira. Naquela época não era remunerado, eu vinha trabalhar primeiro porque eu precisava das horas e depois eu fui criando vínculo com as pessoas aqui dentro.

Tinha uma professora que, cada vez que ela precisava se ausentar, ela me ligava e me pagava do bolso dela. Ela dizia: “você está trabalhando, você tem que receber.” Isso foi em 1986 e eu me encantei: é aqui que eu quero ficar para o resto da minha vida. No finalzinho daquele ano surgiu a proposta de eu assumir o Jardim II da época, que eram crianças com 5 anos, e de lá para cá eu fiquei até ano passado como professora.

Passei pelo Jardim III, Jardim II, Jardim I, trabalhei com a 1ª série, que hoje é o 2º ano, mas sempre com os pequenos. Acho que esse é o meu perfil.

Como professora você ensinou muitos alunos, mas também aprendeu bastante com eles. Que ensinamento a convivência escolar te deixou?
Eu aprendi muito mais do que eu ensinei. O que eu mais aprendi com eles e aprendo até hoje é que criança é muito espontânea. Essa espontaneidade, essa coisa verdadeira, que quando eles gostam, eles gostam e quando eles não gostam, eles não gostam. Lembro uma vez que eu troquei de óculos e um aluno disso: “eu não gostei, você ficou feia”. Isso não tem preço. E acho que é até por isso que essa faixa etária me encanta. Eles são muito espontâneos, eles são muito verdadeiros.

Essa fase de alfabetização, desde os pequenininhos a gente vem trabalhando com isso, essa leitura de mundo não sou eu quem ensino, são eles que me mostraram. É um mundo sob outra ótica.

Quais são os desafios do educador do século XXI?
Encantar o aluno. A gente se encanta com eles, eles encantam a gente o tempo todo, mas encantar o aluno nesse contexto em que a gente vive, onde tem muita coisa, muito estímulo, muita informação, muita coisa que tira o foco da criança em sala de aula. Acho que esse é o grande desafio do professor hoje: é trazer aquela aula gostosa, mostrar o prazer de aprender a ler e a escrever. O porquê eu estou na escola.

E qual a sensação de encontrar um aluno já formado, com família e filhos?
Até teve uma convivência de pais novos esse ano em que eu olhava aquela moça e pensava: meu Deus, ela foi minha aluna. E de fato ela tinha sido minha aluna. Quando acabou a convivência ela disse: “você me reconheceu?” Reconheci, eu disse. Eu só não lembro o teu nome, porque são tantos que já passaram e você foi minha aluna no 1º ano. Ela falou: “você sabe disso?” Sei, eu disse. E hoje ela está trazendo o filho dela para cá. Ela me abraçou: “que legal saber que você agora vai ser a orientadora do meu filho”. Nossa, é uma coisa muito gostosa.

[/fusion_builder_column][fusion_builder_column type=”1_1″ background_position=”left top” background_color=”” border_size=”” border_color=”” border_style=”solid” spacing=”yes” background_image=”” background_repeat=”no-repeat” padding=”” margin_top=”0px” margin_bottom=”0px” class=”” id=”” animation_type=”” animation_speed=”0.3″ animation_direction=”left” hide_on_mobile=”no” center_content=”no” min_height=”none”] Fazer parte do SOE é uma forma de reconhecimento pelo seu trabalho no Medianeira. Foto: Paulinha Kozlowski.

Qual o maior reconhecimento para um educador?
Que difícil, são muitos. Acho que o primeiro deles, como alfabetizadora, é aquela criança que você ensina a ler. A hora que você vê que a criança está lendo é fantástico. A recompensa vem do aluno, mas o reconhecimento é hoje estar na Orientação Educacional.

É preciso mostrar que o aluno ainda é criança, que vai aprender brincando. A criança tem que brincar mesmo. Nesse contexto de disputa, de ter que ser sempre o melhor, a gente pensa que a criança tem que fazer inglês, fazer isso e aquilo, mas brincar é importante.

Que desafios enormes as crianças têm quando estão brincando. Ela tem que resolver conflito, tem que se relacionar com o outro, saber que a opinião dela nem sempre é aceita. Brincando se desenvolve em muitos aspectos. Se colocar presente, não ficar só passiva.

Você participa também do Parcerias, que é um projeto bem importante aqui no Medianeira.
É muito bacana porque traz uma diversidade de olhares, que cada escola tem a sua realidade. Às vezes a gente acha que só a gente passa por algumas coisas. É uma troca muito bacana e eu tenho aprendido bastante.

Existe algum momento que deixou mais saudade?
Todos os momentos são bons. Acho que saber viver as mudanças, saber aceitar as mudanças e ver o que há de melhor em cada fase. Tem um momento muito especial que foi quando abriu o primeiro Jardim I, que era onde é hoje a sede dos escoteiros, e eu fui a primeira professora. Era a casinha da Mônica.

Era bem gostoso porque lá era um espaço muito grande, a gente tinha uma tartaruga, coelhinho, as crianças ficam muito mais livres. Não era só uma sala de aula. Tinha um refeitório, tinha o parquinho. Foi uma época bem gostosa.

Era uma forma de Aprendizagem Integral?
Na verdade, a gente sempre trabalhou com Aprendizagem Integral. Talvez não com o mesmo conceito que a gente tem hoje, mas a gente sempre pensou na formação integral do aluno, não só a parte cognitiva, mas emocional, social, afetiva. Já tinha essa perspectiva.

Em todos esses anos, tem alguma história engraçada que você poderia compartilhar?
Uma vez nós fomos para uma chácara, isso há uns 20 anos, e as nossas crianças são superurbanas, não têm contato com animais. A gente foi numa chácara que não era o Centro de Educação Ambiental do Colégio, e chegando eu disse: olha que legal, vocês vão conhecer um monte de bichinhos da fazenda. A gente descendo do ônibus, um aluninho começou a gritar. O que foi?, eu perguntei. “Profê, olha lá, Knorr, Knorr.” Era uma galinha. Ele nunca tinha visto na vida e quando ele viu chamou de Knorr. Foi muito engraçado.

Você poderia indicar um livro, um disco e um filme?
Filme: Como uma estrela na Terra, de Aamir Khan.

Livro: Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez.

Música: Elis Regina.

Leia aqui o perfil de outros educadores.[/fusion_builder_column][/fusion_builder_row][/fusion_builder_container]

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